FIESC         CIESC         SESI       SENAI      IEL

Santa Catarina se destaca internacionalmente com 14 polos industriais de relevância global
 
SC tem 5 polos internacionais no setor de madeira e móveis (foto: Freepik)

Santa Catarina, reconhecida como um estado internacionalizado, possui 14 polos industriais de destaque mundial. A região Sul do Brasil se sobressai nacionalmente por abrigar a maior participação da indústria de transformação entre as atividades industriais do país. Cada estado brasileiro tem 14 polos industriais com inserção global, conforme o estudo Polos Industriais de Referência, realizado pelo Observatório FIESC em parceria com a Rede de Observatórios do Sistema Indústria e a Confederação Nacional da Indústria. O Sul do Brasil ocupa a segunda posição, atrás apenas de São Paulo.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que Santa Catarina se diferencia pela sua economia diversificada, pela capacidade de adaptação aos diferentes ciclos econômicos e pela abundância de recursos naturais, fatores que facilitaram o desenvolvimento de diversos setores industriais. Entre os 14 polos internacionais identificados no estado, estão representados sete segmentos: madeira e móveis; papel e celulose; veículos, embarcações e aeronaves; máquinas e equipamentos; equipamentos elétricos; alimentos e bebidas; e minerais não metálicos.

Em Santa Catarina, o setor de madeira e móveis conta com cinco polos internacionais, distribuídos por diferentes mesorregiões do estado: Oeste, Norte, Vale do Itajaí, Serra e Sul. Esse é o setor com a maior inserção no mercado externo, segundo o estudo, que analisou dados de 2021.

A mesorregião Norte Catarinense se destaca regionalmente, liderando o ranking com quatro polos internacionais nos setores de papel e celulose, máquinas e equipamentos, equipamentos elétricos, além de madeira e móveis. A movimentação comercial internacional dessa região totalizou US$ 1,9 bilhão, correspondendo a 38% do volume nacional, conforme o levantamento.

Outro polo importante, com forte presença nas mesorregiões Norte Catarinense e Serrana, é o de papel e celulose. O crescimento desse setor deve-se à conversão de áreas de pastagem de baixa produtividade em florestas plantadas ao longo dos anos, além dos investimentos em tecnologia e infraestrutura que permitiram a expansão das fábricas e a maior integração com o mercado internacional.

“As vastas áreas de florestas na região Serrana impulsionaram o crescimento da indústria madeireira, enquanto, no sul do estado, as reservas de carvão mineral e argila estimularam o surgimento das indústrias carbonífera e cerâmica. Esses recursos naturais não apenas forneceram matérias-primas essenciais, mas também definiram a localização de muitos polos industriais. Com o tempo, essa base se diversificou, com investimentos privados sendo cruciais para o crescimento de novos setores”, afirma Aguiar.

O presidente da FIESC também ressalta que, apesar de representar apenas 1,1% do território nacional e abrigar 3,7% da população, Santa Catarina possui uma base industrial sólida e diversificada. “A estrutura industrial do estado inclui desde setores tradicionais, como têxtil e metalurgia, até áreas mais modernas e tecnológicas, como inovação e tecnologia da informação, o que fortalece nossa competitividade no cenário global”, pontua.

Destaques por mesorregião

Na Grande Florianópolis e no Vale do Itajaí, a inserção internacional é impulsionada pela indústria de veículos, embarcações e aeronaves. De acordo com o estudo, em 2021, o estado exportou US$ 648 milhões em produtos desse setor, com destaque para partes de motores, acessórios para veículos, reboques, navios de pesca e iates. Esse desempenho colocou Santa Catarina na sexta posição entre os estados brasileiros nas exportações desse segmento, com 5,6% do total.

O setor de equipamentos elétricos também se destaca internacionalmente, especialmente na mesorregião Norte Catarinense, onde a fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos é a principal atividade. Em 2021, esse polo exportou US$ 854,4 milhões, com os motores elétricos sendo o produto mais relevante. Os produtos catarinenses têm conquistado mercados exigentes, como os Estados Unidos, ampliando sua presença internacional.

A economista do Observatório FIESC, Camila Morais, destaca que, além desses polos, o estado também abriga outros com inserção internacional, como o de minerais não metálicos, que se destacam na fabricação de produtos cerâmicos nas mesorregiões Sul Catarinense e Grande Florianópolis.

“No Oeste Catarinense, o polo de Alimentos e Bebidas se destaca, especialmente na cadeia agroindustrial de abate de aves e suínos. Já o polo de Máquinas e Equipamentos no Norte Catarinense é reconhecido pela produção de motores, bombas e compressores de ar, com exportações direcionadas principalmente para países das Américas, como Estados Unidos, México e Argentina”, explica Camila.


Confira o ranking da inserção internacional, por mesorregião:

Mesorregião

Polos internacionais

Setores

Norte Catarinense

4

  • Papel e Celulose
  • Máquinas e Equip.
  • Equip. Elétricos
  • Madeira e Móveis

Vale do Itajaí

2

  • Veículos, embarcações e aeronaves
  • Madeira e Móveis

Sul Catarinense

2

  • Minerais não metálicos
  • Madeira e Móveis

Oeste Catarinense

2

  • Madeira e Móveis
  • Alimentos e Bebidas

Gde Florianópolis

2

  • Veículos, embarcações e aeronaves
  • Minerais não-metálicos
     

Serrana

2

  • Papel e Celulose
  • Madeira e Móveis

 

 

Academia Fiesc
IEL
OBSERVATÓRIO FIESC
SEBRAE
SENAI

Contato

Powered by BreezingForms

Localização

  

Rua. Pref. Wenceslau Borini, 2690, 89163-026 - Sala 01/A - Canta Galo, Rio do Sul - SC 
Fone: (47) 3521-2870 / (47) 99258-2916